- Área: 60 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Kiyoshi Takahata
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Fabricantes: Borge Mogensen, Flos, Kai Christiansen, Martino Gamper
Descrição enviada pela equipe de projeto. Devido ao baixo orçamento disponível, este projeto foi inventivo de uma maneira bem não convencional. O arquiteto Yudai Niimori trabalhou em colaboração direta com o construtor (e jovens empreiteiros de Osaka) para conseguir materiais descartados e sobras de outras obras. Muito frequentemente, eram os materiais recolhidos que davam as pistas para onde o projeto deveria ir.
Estas restrições impostas acabaram colaborando mais do que complicando o projeto. Em vez de lidar com hipóteses e conceitos abstratos, os materiais reais e os poucos recursos disponíveis foram os principais catalisadores deste processo. Arquitetos e construtores trabalharam à quatro mãos, desenvolvendo detalhes específicos à medida que a obra avançava, inventando diferentes usos e apropriado-se inteligentemente dos materiais disponíveis.
A pesquisa assumiu um papel fundamental neste projeto; visitas à outras obras eram feitas diariamente para inspecionar todos os materiais descartados como sobras de aço, perfis e restos de madeira. Este patchwork de materiais obrigou aos arquitetos à categorizá-los segundo aspectos pouco usuais, como grau / espécie e tom. A partir disso, eles seriam utilizados em diferentes superfícies para construir os ambientes do edifício; o corredor foi acabado em retalhos de madeira vermelha, enquanto que as madeiras mais claras foram utilizadas para revestir as paredes.
Uma pia usada foi utilizada como sistema de drenagem para as plantas da casa, elementos funcionais (tubos e corrimãos) foram utilizadas com função estética, arranjados verticalmente ao longo da casa. Sem nenhum tipo de acabamento requintado, comum na maioria dos projetos de arquitetura, a intenção ficou bastante clara: além da estrutra e dos principais elementos da casa, tudo aqui é improvisado, mas de uma maneira muito criativa e inteligente - sem deixar de ser sustentável.